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Ferrovia do Trigo: onde começa, termina, tamanho, mapa, cidades e história

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Fonte da imagem: Escolha Viajar

A Ferrovia do Trigo é uma das mais impressionantes obras de engenharia ferroviária do Brasil, situada no estado do Rio Grande do Sul. Esta ferrovia foi construída para facilitar o transporte de produtos agrícolas, especialmente o trigo, entre as regiões produtoras e os centros de distribuição e exportação.

A complexidade de seu trajeto, que inclui diversos túneis e viadutos, faz dela uma das mais notáveis do país. Conhecida oficialmente como Linha Tronco Principal Sul, foi projetada para transporte de cargas, especialmente grãos, além de outros produtos industriais na região sul do país.

Neste texto, explicaremos em detalhes a história, a operação, as curiosidades, e muito mais sobre a Ferrovia do Trigo.

História da Ferrovia do Trigo

A construção da Ferrovia do Trigo teve início na década de 1960, com o objetivo de conectar as regiões produtoras de grãos do interior do Rio Grande do Sul aos portos de exportação.

A obra enfrentou muitos desafios técnicos, tanto financeiros quanto de planejamento ao longo dos anos, especialmente devido ao terreno montanhoso e acidentado da região.

Em 1968, as obras foram interrompidas por dificuldades financeiras e técnicas, particularmente no trecho entre Roca Sales e Passo Fundo.

Foi apenas no final dos anos 1970 que a construção foi retomada, culminando na conclusão da ferrovia em 1980. Desde então, a Ferrovia do Trigo tem desempenhado seu papel no transporte de produtos agrícolas e no desenvolvimento econômico da região.

Inicialmente era operada pela Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Depois, passou por várias mudanças administrativas ao longo dos anos e atualmente é gerida pela concessionária Rumo Logística.

Além dos produtos agrícolas, a Ferrovia do Trigo também transporta produtos industriais, como maquinários, produtos químicos e bens de consumo. E precisou passar por grandes desafios logísticos ao longo de sua história.  

Contudo, ajudou a reduzir o custo e o tempo de transporte em uma região onde as rodovias eram menos eficientes devido ao terreno montanhoso e às condições climáticas.

Ferrovia do Trigo ainda funciona

Atualmente, a Ferrovia do Trigo está em operação, administrada pela Rumo Logística. A empresa tem investido continuamente na manutenção e modernização da infraestrutura para garantir a eficiência e a segurança do transporte ferroviário.

A ferrovia continua a sendo usada para o transporte de grãos e outros produtos, conectando as áreas de produção aos principais centros de distribuição e exportação.

O projeto desempenha um papel significativo no transporte de cargas no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Conta com uma longa história de contribuição para o desenvolvimento econômico da região, especialmente no setor agrícola.

Possui cerca de 180 km de extensão, e liga a cidade de Passo Fundo a Roca Sales, passando por importantes municípios como Marau, Guaporé e Arroio do Meio. Além disso, inclui pontes, viadutos, como o Viaduto 13, uma das maiores estruturas de Malha Ferroviária da América do Sul, e túneis que permitem a travessia de terrenos acidentados.

A Ferrovia do Trigo continua em operação, mas enfrenta desafios que afetam sua eficiência e viabilidade econômica. Está sendo operada pela concessionária Rumo Desde a privatização e a desestatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) nos anos 1990.

A Rumo Logística investe na manutenção e modernização da infraestrutura, apesar dos altos custos associados. Isso porque, a linha necessita de manutenção contínua devido ao desgaste natural e aos desafios do terreno acidentado.

Projetos de modernização estão em andamento, incluindo a renovação de trilhos e sistemas de sinalização. Portanto, a aquisição de novos equipamentos para aumentar a capacidade e segurança é necessária.

Apesar dos enormes desafios, a ferrovia possui um grande potencial para crescimento e modernização, o que poderia reforçar ainda mais sua importância para a economia regional e nacional.

Ferrovia do Trigo destruída

Ao longo dos anos, a Ferrovia do Trigo sofreu com o abandono e a falta de manutenção em alguns trechos, o que resultou na deterioração de parte de sua infraestrutura. Viadutos e trilhos enferrujados, além de túneis obstruídos, são exemplos dos problemas enfrentados.

No entanto, esforços recentes têm sido feitos para revitalizar a ferrovia e restabelecer sua plena capacidade operacional. A recuperação de trechos danificados é fundamental para garantir a continuidade do transporte de cargas e a segurança das operações.

A Ferrovia do Trigo, enfrenta uma situação crítica devido a desastres naturais recentes. Em maio de 2024, a ferrovia sofreu severos danos causados por deslizamentos de terra e enchentes, que destruíram trechos significativos da linha férrea.

As imagens registradas por trilheiros mostram um cenário de destruição, com trilhos torcidos, túneis quase submersos e morros de lama.

Esses eventos resultaram no bloqueio da ferrovia, impedindo a circulação de trens de carga e de passeios turísticos, como o projeto Trem dos Vales, cuja temporada de 2024 foi cancelada devido aos danos severos.

A situação pós-catástrofe é preocupante, pois a ferrovia é uma rota logística importante para o transporte de grãos e combustíveis na região. A destruição causada pela enchente de maio deixou a linha férrea em condições precárias, interrompendo operações e causando prejuízos significativos à economia local.

Atualmente, a Ferrovia do Trigo não está totalmente funcional. Apesar de esforços para a reconstrução e recuperação, o retorno à plena operação depende de extensivas obras de reparo e reforço das estruturas danificadas.

As autoridades locais e a empresa concessionária Rumo Logística estão trabalhando para restaurar a ferrovia, mas o processo é lento e desafiador devido à extensão dos danos.

A construção da Ferrovia do Trigo não foi isenta de tragédias. Devido às difíceis condições de trabalho e aos desafios técnicos do terreno, acidentes ocorreram, resultando na perda de vidas.

Esses eventos trágicos fazem parte da história da ferrovia e são lembrados como um tributo àqueles que contribuíram para a construção dessa importante infraestrutura. A memória desses trabalhadores é preservada como parte do legado da ferrovia.

Além disso, a estrada de ferro também tem sido palco de eventos trágicos recentes, especialmente devido a desastres naturais. O último foram os impactos sofridos devastadores após fortes chuvas que provocaram enchentes e deslizamentos de terra, causando destruição significativa nos trilhos.

As imagens registradas foram notícia no país todo, principalmente pelas cachoeiras de chuva, morros de lama e túneis quase submersos, que fizeram parte do estado. Pintando um cenário de total destruição.

A enchente de setembro de 2023, que resultou em 54 mortes na região, não teve um impacto tão severo na ferrovia como o evento recente de maio de 2024.

A destruição atual interrompeu as operações da ferrovia, afetando gravemente a logística local, já que a Ferrovia do Trigo é uma rota para o transporte de grãos e combustíveis da região.

Contudo, muitas questões operacionais foram levantadas, e existe uma real preocupação crescente com a segurança dos turistas que visitam a ferrovia, especialmente áreas icônicas como o Viaduto 13, que é o segundo viaduto ferroviário mais alto do mundo.

A segurança dos visitantes é uma questão crítica, pois a estrutura da ferrovia está comprometida e o acesso às áreas danificadas pode ser perigoso.

Sendo assim, a Ferrovia do Trigo enfrenta um período desafiador, com a necessidade urgente de reparos e medidas de segurança reforçadas para prevenir mais tragédias e restaurar sua funcionalidade.

Tamanho da Ferrovia do Trigo

A Ferrovia do Trigo tem uma extensão total de aproximadamente 158 quilômetros. Este trajeto inclui 27 túneis e diversos viadutos, que se destacam pela sua complexidade e pela vista panorâmica que proporcionam. Passando por paisagens montanhosas e cruzamentos fluviais, fazendo dela uma das mais cênicas do país.

Também conhecida como EF-491, é uma das mais impressionantes obras de engenharia ferroviária no Brasil. Ela foi inaugurada em 7 de dezembro de 1979, coincidindo com a comemoração dos 75 anos de emancipação do município de Guaporé.

A ferrovia se estende por uma vasta região e é famosa por suas estruturas imponentes, incluindo o Viaduto 13. Este viaduto é o segundo mais alto do mundo para trens, com 143 metros de altura e 509 metros de comprimento.

Outros viadutos notáveis ao longo da ferrovia incluem o Viaduto Mula Preta e o Viaduto Pesseguinho, que são conhecidos por suas vistas espetaculares e estruturas vazadas em curva, criando a impressão de que os dormentes flutuam sobre o abismo abaixo.

A ferrovia atravessa diversos túneis e viadutos, tornando-se um destino popular para trilheiros e entusiastas de trekking. O percurso oferece desafios e vistas panorâmicas únicas, atraindo visitantes que desejam explorar a beleza e a complexidade da infraestrutura ferroviária.

Curiosidades sobre a Ferrovia do Trigo

A Ferrovia do Trigo, se destaca tanto por sua complexidade quanto por seu impacto na região sul do Brasil. Sendo assim, existem muitas curiosidades que podem ser mencionadas sobre a estrada.

Um dos aspectos mais interessantes da Ferrovia do Trigo são os viadutos vazados, como o Viaduto Mula Preta, que é totalmente feito de ferro e possui dormentes fixados diretamente nos trilhos. Estes viadutos oferecem uma vista espetacular e são um atrativo para os entusiastas de ferrovias e trilhas.

Já o Viaduto 13, situado entre os municípios de Muçum e Vespasiano Corrêa, é uma das atrações mais populares da ferrovia. Com suas vistas panorâmicas e estrutura impressionante, o viaduto atrai turistas e aventureiros interessados em explorar a ferrovia a pé.

A Ferrovia do Trigo é frequentemente referida como uma “obra do século” devido ao seu impacto no desenvolvimento econômico da região e às dificuldades técnicas superadas durante sua construção. Ela é uma parte importante da história e do patrimônio cultural do Rio Grande do Sul.

Hoje, a Ferrovia é um destino popular para trekking e turismo de aventura. A trilha que segue os trilhos da ferrovia oferece uma experiência única, passando por túneis escuros, viadutos altos e paisagens deslumbrantes. Este passeio é uma das trilhas mais clássicas e desafiadoras do Rio Grande do Sul.

Sendo assim, tem ficado cada vez mais popular entre os praticantes de trekking, que percorrem seus túneis e viadutos, apreciando a beleza natural e a arquitetura histórica da ferrovia. O percurso pelos túneis é uma experiência única que atrai aventureiros de todo o país.

Além disso, a ferrovia tem sido tema de diversos documentários e registros históricos, que buscam resgatar e preservar sua história e as histórias das pessoas que trabalharam em sua construção e manutenção.

Esses documentários são uma importante fonte de informação sobre a infraestrutura e o impacto da ferrovia na região.

Devido à sua paisagem deslumbrante e estrutura única, a ferrovia já foi cenário para diversos filmes e produções audiovisuais. Sua estética singular e os impressionantes viadutos de ferro a tornam um local ideal para gravações cinematográficas.

Portanto, não se trata apenas de uma linha férrea funcional, mas também um testemunho da engenhosidade humana e da capacidade de superar desafios geográficos e técnicos. Ela continua a ser um símbolo importante do progresso e da determinação no sul do Brasil.

Estados que a Ferrovia do Trigo passa: onde começa e termina?

A Ferrovia do Trigo está localizada inteiramente no estado do Rio Grande do Sul. Ela começa na cidade de Passo Fundo e termina em Roca Sales. Um percurso estratégico que conecta regiões agrícolas aos centros de processamento e exportação. Facilitando o transporte de produtos e impulsionando a economia local.

Seu ponto de partida se dá na cidade de Roca Sales, situada na região central do Rio Grande do Sul. Este local é o início oficial da linha, onde os trilhos começam a percorrer a paisagem montanhosa do estado.

Justamente por se estender até a cidade de Passo Fundo, localizada no norte do Rio Grande do Sul. Este é o ponto final da Ferrovia do Trigo, completando assim um trajeto de aproximadamente 155 km.

Durante esse percurso, a ferrovia atravessa várias cidades e vilarejos, incluindo Muçum, Vespasiano Corrêa, Dois Lajeados e Guaporé.

Todo o trajeto da Ferrovia do Trigo é conhecido por suas impressionantes estruturas, como viadutos e túneis. Ao todo, são 21 túneis e 15 viadutos que marcam o caminho, com destaque para o Viaduto 13, um dos viadutos ferroviários mais altos do mundo, com 143 metros de altura.

Historicamente, a Ferrovia do Trigo desempenhou um papel crucial no desenvolvimento econômico da região, facilitando o transporte de grãos, especialmente trigo, para os portos e centros de distribuição. Esta ferrovia continua a ser uma via necessária para a logística e o comércio no Rio Grande do Sul.

Concessões da Ferrovia do Trigo

Atualmente, a Ferrovia do Trigo está sob concessão da empresa Rumo Logística. Esta concessão faz parte da chamada Malha Sul, um conjunto de linhas ferroviárias que abrangem uma vasta área do sul do Brasil.

A concessão permite que a Rumo Logística administre, opere e mantenha a ferrovia, garantindo a continuidade dos serviços ferroviários nesta rota importante.

Todo o histórico da ferrovia reflete as mudanças nas políticas de privatização e gestão de infraestrutura ferroviária no Brasil.

Inicialmente era operada pelo governo, e somente após passar por processos de privatização que a gestão passou a ser de responsabilidade da Rumo Logística. Esses processos foram parte de um esforço maior para aumentar a produtividade e a qualidade dos serviços ferroviários no país.

Em 2018, a empresa responsável pela concessão proibiu o trânsito de pessoas pelos trilhos, o que refletiu preocupações com a segurança e a necessidade de preservar a integridade da infraestrutura ferroviária. Esta medida foi tomada para evitar acidentes e garantir que a ferrovia pudesse operar de maneira segura.

A concessão da Ferrovia do Trigo é fundamental para garantir que esta importante rota ferroviária continue a servir a região. A administração pela Rumo Logística visa assegurar que a ferrovia atenda às necessidades logísticas, promovendo o desenvolvimento econômico e a integração regional.

Onde inicia e termina a Ferrovia do Trigo?

A Ferrovia do Trigo inicia na cidade de Passo Fundo e termina em Roca Sales, ambas localizadas no estado do Rio Grande do Sul. Ao longo de seu trajeto, a ferrovia conecta várias cidades importantes, facilitando o transporte de produtos agrícolas e outras mercadorias.

Quantos quilômetros tem a Ferrovia do Trigo?

A extensão total da Ferrovia do Trigo é de aproximadamente 158 quilômetros. Este percurso inclui diversos túneis e viadutos, que são marcos da engenharia ferroviária brasileira. Sendo importante via de transporte na região, conectando áreas agrícolas aos mercados e portos de exportação.

Mapa da Ferrovia do Trigo

O mapa da Ferrovia do Trigo mostra seu trajeto sinuoso através das montanhas do Rio Grande do Sul, passando por cidades como Passo Fundo, Muçum, e Roca Sales. Conecta as principais áreas agrícolas aos mercados e portos de exportação.

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Ferrovia do Trigo ainda funciona
Ferrovia do Trigo onde fica
Ferrovia do Trigo mortes
Ferrovia do TRIGO destruida
Ferrovia do Trigo enchente
Ferrovia do Trigo Passo Fundo
Viaduto 13 Ferrovia do Trigo
Fonte da imagem: Atlas Socieconômico do Rio Grade do Sul

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