A 4ª Revolução Industrial tem como marca o desenvolvimento e uso de tecnologias e a análise de dados que essas tecnologias nos entregam. Afinal, para tomar as melhores decisões é necessário nos basearmos em dados. Dentro desse grande conceito da 4ª Rev. Industrial está a Manutenção 4.0 como uma parte que a compõe.
E quando estamos falando de Manutenção 4.0 dentro da gestão de ativos, entende-se que o levantamento de dados e a interação entre o diagnóstico e a resolução é o ponto chave. A prática da manutenção é condicionada pela manutenção corretiva, preventiva e preditiva.
A manutenção corretiva é aquela que ocorre depois que o ativo já apresentou uma não conformidade. Ela pode ser planejada ou não, dependendo da gravidade do problema. A manutenção corretiva pode ser necessária em casos de desgaste natural, algum sinistro ou falta de manutenção preventiva.
O principal desafio dessa estratégia é que ela pode gerar paradas não programadas, afetando a produtividade e os custos operacionais. A manutenção preventiva é aquela que visa evitar as não conformidades antes que elas aconteçam, por meio de ações programadas e periódicas. Essas ações podem incluir inspeções, revisões e reparos.
A manutenção preventiva visa prolongar a vida útil dos ativos, reduzir os riscos de irregularidades e paradas não programadas garantindo o desempenho adequado dos ativos.
Enquanto isso, a manutenção preditiva é uma estratégia baseada em monitoramento contínuo e análise de dados. Ela permite identificar sinais de não conformidades iminentes e tomar ações antes que elas ocorram, evitando paradas desnecessárias e otimizando os recursos.
Vem conosco, com a equipe Kartado, e confira mais sobre o que é manutenção 4.0!
Conteúdo:
ToggleO que é manutenção 4.0?
Manutenção 4.0 é uma abordagem que utiliza as tecnologias da Era 4.0, como a Internet das Coisas (IoT), a inteligência artificial e a análise de dados, para tornar os processos de manutenção mais inteligentes, ágeis e preditivos.
A aplicação da Manutenção 4.0 na infraestrutura é especialmente relevante, pois esse setor enfrenta diversos desafios em relação à manutenção, como:
A gestão complexa de ativos: a infraestrutura envolve uma grande variedade e quantidade de ativos, que precisam ser gerenciados de forma integrada e eficaz.
A necessidade de intervenções rápidas: a infraestrutura é essencial para o funcionamento da sociedade e da economia, por isso qualquer parada ou falha na operação pode gerar impactos negativos e custos elevados.
A redução de custos operacionais: a infraestrutura demanda um alto investimento em manutenção, que precisa ser otimizado para garantir a rentabilidade e a sustentabilidade do setor.
Você sabia que a manutenção das rodovias pode ser um fator decisivo para o sucesso do seu negócio? Com a Manutenção 4.0, você pode aproveitar os benefícios da era 4.0 na infraestrutura e garantir uma maior eficiência e produtividade nas suas operações.
Benefícios da era 4.0 na manutenção e gestão de ativos
Com a Manutenção 4.0, você pode ter uma vida útil da rodovia muito maior, podendo também detectar precocemente possíveis falhas ou anomalias, programar as manutenções de forma otimizada e tomar decisões baseadas em dados confiáveis e atualizados.
Os benefícios da Manutenção 4.0 são inúmeros, entre eles:
- Redução de paradas não programadas: ao evitar que os problemas na rodovia você reduz o tempo de inatividade e os prejuízos associados.
- Aumento da vida útil da rodovia: ao realizar as manutenções de forma preventiva e preditiva, você prolonga a vida útil dos seus ativos e evita gastos desnecessários com substituições ou reparos.
- Otimização dos processos de manutenção: ao utilizar ferramentas digitais e automatizadas, você agiliza e simplifica os processos de manutenção, reduzindo o desperdício de recursos e o retrabalho.
- Redução de custos operacionais: ao melhorar a eficiência e a produtividade da equipe, você reduz os custos com energia, materiais, mão de obra e logística. Além de evitar multas pelos problemas na rodovia.
Portanto, se você quer garantir a eficiência e o sucesso do seu negócio, não deixe de investir na Manutenção 4.0. Ela é uma estratégia essencial para acompanhar as mudanças e as exigências do mercado atual.
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Tendências na manutenção e gestão de ativos
A manutenção e gestão de ativos estão passando por uma grande transformação impulsionada pelas tecnologias digitais que estão revolucionando os processos produtivos e gerando valor. Algumas das principais tendências que podemos destacar são:
- Internet das Coisas (IoT): a IoT é a tecnologia que permite conectar os ativos físicos à internet por meio de sensores ou dispositivos inteligentes que transmitem dados em tempo real sobre seu funcionamento ou localização. Com isso, é possível monitorar e gerenciar os ativos de forma remota, integrada e inteligente, permitindo a tomada de decisões mais assertivas e a otimização dos recursos.
- Manutenção preditiva: a manutenção preditiva é a abordagem que utiliza análise de dados e algoritmos avançados para prever falhas nos ativos antes que elas ocorram, evitando paradas não planejadas ou perdas de produção. Com isso, é possível reduzir custos, aumentar a disponibilidade e o desempenho dos equipamentos e prolongar sua vida útil.
- Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning: a IA e o machine learning são tecnologias que permitem que os sistemas aprendam com os dados e se adaptem às mudanças sem intervenção humana. Eles podem ser aplicados na manutenção e gestão de ativos para prever falhas, otimizar o planejamento, melhorar a eficiência dos processos, detectar anomalias ou recomendar ações.
Essas tendências representam uma oportunidade para as empresas que querem se diferenciar no mercado e oferecer soluções mais eficientes e inovadoras aos seus clientes.
Desafios na manutenção 4.0 e gestão de ativos
Acompanhar as tendências também traz alguns desafios para as empresas que precisam se adaptar às novas exigências do setor. Alguns dos principais desafios são:
- Dados e conectividade: com a IoT, os ativos geram uma enorme quantidade de dados que precisam ser capturados, armazenados, processados e analisados de forma eficiente. Para isso, é necessário contar com uma infraestrutura de conectividade robusta e segura que permita a transmissão dos dados sem interrupções ou perdas.
- Gerenciamento de mudanças: adotar novas abordagens de manutenção e gestão de ativos implica em mudanças organizacionais e culturais que precisam ser gerenciadas efetivamente. É preciso alinhar os objetivos estratégicos, os processos operacionais e as expectativas dos stakeholders com as novas soluções tecnológicas.
- Habilidades e capacitação: lidar com as novas tecnologias requer habilidades técnicas e conhecimentos especializados que nem sempre estão disponíveis na equipe atual. É preciso desenvolver ou contratar profissionais qualificados em IoT, IA, machine learning, análise de dados, entre outras competências.
Esses desafios exigem um planejamento cuidadoso e uma execução ágil por parte das empresas que querem se preparar para o futuro da manutenção e gestão de ativos.
Normas referentes a Gestão de Ativos
Normas que são utilizadas na Gestão de ativos e que as empresas buscam se adequar são:
ISO 55000 – Gestão de Ativos: Visão Geral, princípios e terminologia
ISO 55001 – Sistema de Gestão de Ativos – Requisitos
ISO 55002 – Sistema de Gestão de Ativos – Guia para Aplicação da Norma ISO 55001
Estrutura e ciclo da gestão de ativos em uma organização
Confira, abaixo, como funciona o ciclo de gestão de ativos numa instituição.
Estrutura
Em um primeiro momento é necessário definir os ativos que a empresa possui, fazendo um levantamento completo. Com isso, deve-se fazer a implantação de um sistema da gestão de ativos, que é um plano que engaje a todos da empresa para atingir os objetivos dessa política.
Para haver a implantação de um sistema de gestão de ativos, são necessários pessoas responsáveis, envolvidas e engajadas; e processos. Envolvendo todas essas camadas esta a gestão da organização, que de certa forma é quem coordena as atividades e que faz com que os ativos da empresa gerem valor como disposto na imagem a seguir.
Fonte : ISO 55000 – Gestão de Ativos
Ciclo
1ª Etapa:
- Fazer um inventário dos ativos da empresa;
2ª Etapa:
- Fazer uma inspeção dos ativos, ou seja, identificar quantidade, como os ativos se encontram e onde se encontram.
- Após, iremos para a sub etapa de planejamento, que deve estar conectada com a estratégia que definimos para a gestão de ativos.
- Na execução, verifica-se se tem a necessidade de fazer alguma ação corretiva nesses ativos para mantê-los dentro de um padrão de qualidade.
3ª Etapa:
- Faz-se a gestão da manutenção de fato: controla-se materiais, mão de obra, demandas, serviços e custos para ter subsídio para a próxima etapa.
4ª Etapa:
- Com acesso a todos os dados anteriores, desenvolve-se indicadores de desempenho e consegue-se identificar padrões para retroalimentar o banco de dados. Sendo assim, úteis em tomada de decisões.
5ª Etapa:
- O que chamamos de manutenção 4.0, em que temos a manutenção preditiva dos ativos e a geração de modelos de desempenho.
Dentro da tendência de manutenção preditiva e do desafio de análise de dados, a seguir traremos um fluxo operacional ideal para uma gestão de ativos no setor da infraestrutura.
Fluxo para otimização operacional ideal para gestão de ativos na infraestrutura
Quando falamos de ativos na infraestrutura, por não serem conectados devido à escassez de acesso por sensoriamento remoto, é necessário buscar o plus da tecnologia.
Aqui na Kartado, usamos a importação de bases consolidadas em planilhas mais o cadastramento dos ativos via App. Na sequência, planeja-se as inspeções e execução das mesmas. Ainda, durante a execução, é possível acompanhar o executado e em seguida fazer a emissão de relatórios. Por último, é feita a análise de dados e indicadores gerados.
Como uma segunda etapa do processo, é feita a recuperação dos ativos de forma digital e mais eficiente.
A análise dos dados feitas na etapa anterior, permite programar as recuperações dos ativos que viu-se necessidade na etapa anterior. O próximo passo é enviar às equipes os serviços que devem ser executados, que ficam também responsáveis por apropriar os materiais, recursos e mão-de-obra.
Com essas etapas feitas, consegue-se fazer a avaliação de custos e vida útil de cada ativo, criando uma base de dados rica de informações. Esses dados são usados para gerar indicadores e identificar padrões (pode ser por comparação geográfica e histórica de um ativo), gerando modelos de desempenho.
Tecnologias para a gestão de ativos
Além dos aplicativos móveis e sistemas de gestão, existem outras tecnologias que podem ser auxiliares na gestão dos ativos, como:
- Data Analytics (Power BI);
- QR Code, NFC e código de barras;
- Análises de imagens de satélite;
- Sensoriamento remoto;
- Sistemas e algoritmos especialistas;
- Integração de dados com sistemas BIM.
Se você está buscando uma parceira estratégica na manutenção e gestão de ativos, você pode contar com a Kartado. Entre em contato e agende um tour personalizado para o seu negócio e as necessidades da sua empresa.