A matriz energética brasileira é a composição das fontes de energia utilizadas por um país ou região para suprir suas necessidades de consumo energético. No Brasil, a matriz energética é diversificada e caracteriza-se pela forte presença de fontes renováveis.
A principal fonte de energia do país é a hidroeletricidade, que representa cerca de 60% da capacidade instalada. O Brasil possui vastos recursos hídricos, e suas usinas hidrelétricas são responsáveis pela maior parte da eletricidade gerada.
Além da hidroeletricidade, outras fontes renováveis têm um papel significativo. A energia eólica, por exemplo, tem crescido rapidamente e já responde por aproximadamente 10% da matriz elétrica.
A energia solar também está em expansão, contribuindo com cerca de 2% da capacidade total. O uso de biomassa, especialmente o bagaço de cana-de-açúcar, é outra componente importante, representando cerca de 9%.
Apesar da predominância de fontes renováveis, o Brasil também utiliza fontes não renováveis, como o gás natural, que corresponde a cerca de 11% da matriz energética, e o petróleo, que é usado principalmente no setor de transportes.
A matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo, graças ao grande uso de fontes renováveis, mas o país continua investindo na diversificação e na ampliação de suas fontes de energia para garantir a segurança energética e a sustentabilidade ambiental.
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Conteúdo:
ToggleQual é a matriz energética brasileira?
A matriz energética brasileira é diversificada e notavelmente limpa, com uma predominância de fontes renováveis. O Brasil se destaca mundialmente pelo uso de fontes renováveis, que compõem cerca de 45% da sua matriz energética.
Entre essas fontes, a hidroeletricidade é a mais significativa, representando aproximadamente 60% da capacidade instalada para geração de eletricidade.
Outras fontes renováveis incluem a biomassa, que contribui com cerca de 9%, e a energia eólica, que tem crescido rapidamente nos últimos anos, representando cerca de 10% da matriz elétrica. A energia solar, embora ainda em expansão, já responde por cerca de 2% da capacidade total.
Além das fontes renováveis, o Brasil também utiliza fontes não renováveis. O gás natural é a principal fonte fóssil, representando cerca de 11% da matriz energética. O petróleo é predominantemente utilizado no setor de transportes e tem uma participação significativa.
O Brasil também utiliza carvão mineral e nuclear em menor escala, com o carvão representando cerca de 6% e a energia nuclear contribuindo com cerca de 1% da matriz.
Como funciona a matriz energética?
A matriz energética de um país é composta pelas diversas fontes de energia que são utilizadas para atender às necessidades de consumo da população e da indústria.
No Brasil, a matriz energética é organizada em um sistema integrado que permite a distribuição de energia elétrica gerada a partir de diversas fontes para consumidores em todo o território nacional.
A energia hidroelétrica, principal fonte no Brasil, é gerada a partir da força da água em grandes usinas hidrelétricas. A água, ao passar por turbinas, gera eletricidade que é transmitida por linhas de alta tensão para subestações, e então distribuída para residências, empresas e indústrias.
A energia eólica é gerada a partir do vento, que move turbinas instaladas em parques eólicos, predominantemente localizados no Nordeste do Brasil.
A energia solar é captada por painéis fotovoltaicos que convertem a luz do sol em eletricidade, e a biomassa é utilizada em usinas que queimam resíduos agrícolas, como o bagaço de cana-de-açúcar, para gerar energia.
O gás natural, o petróleo e o carvão são fontes não renováveis usadas principalmente em termelétricas, que queimam esses combustíveis para gerar eletricidade. A energia nuclear é gerada em usinas nucleares, onde a fissão do urânio libera grandes quantidades de calor, convertidas em eletricidade.
Qual é a principal fonte de energia utilizada no Brasil?
A principal fonte de energia utilizada no Brasil é a hidroeletricidade. O país possui uma vasta rede de rios e aproveita esses recursos naturais para a geração de eletricidade em usinas hidrelétricas. Esta fonte de energia é altamente eficiente e sustentável, permitindo ao Brasil manter uma matriz energética limpa em comparação com muitos outros países.
As usinas hidrelétricas no Brasil estão espalhadas por diversas regiões, com destaque para grandes instalações como a Usina de Itaipu, uma das maiores do mundo, localizada na fronteira com o Paraguai. A capacidade de geração hidrelétrica do Brasil é fundamental para atender à demanda energética do país, fornecendo uma base confiável e constante de eletricidade.
A predominância da hidroeletricidade também se deve às condições naturais favoráveis do Brasil, que possui uma grande quantidade de rios com fluxos de água adequados para a geração de energia. No entanto, o país também enfrenta desafios, como a dependência de condições climáticas e o impacto ambiental das barragens.
Apesar desses desafios, a hidroeletricidade continua a ser a base da matriz energética brasileira, apoiada por políticas governamentais que incentivam o desenvolvimento de outras fontes renováveis para diversificar ainda mais a matriz energética e garantir a segurança energética no futuro.
Qual a principal matriz energética do Brasil 2024?
A matriz energética brasileira é renovável, com 84,25% de sua capacidade proveniente de fontes limpas. As principais fontes renováveis incluem a energia hídrica, eólica e biomassa.
Em contraste, as fontes não renováveis, como o gás natural, petróleo e carvão mineral, representam 15,75% da capacidade instalada, com a energia nuclear contribuindo com 1%.
A seguir, detalharemos a constituição da matriz energética brasileira, seu funcionamento e as principais fontes de energia utilizadas.
Energia hídrica
A energia hídrica é a principal fonte de energia no Brasil, responsável por 55% da matriz energética. As usinas hidrelétricas aproveitam a força da água para gerar eletricidade, utilizando a abundante rede de rios do país.
Esse tipo de energia é altamente eficiente e possui baixo custo operacional, além de ser uma fonte renovável.
Energia eólica
A energia eólica representa 14,8% da matriz energética brasileira. Nos últimos anos, houve um crescimento significativo na capacidade instalada de parques eólicos, especialmente nas regiões Nordeste e Sul do país.
A energia eólica aproveita o vento para gerar eletricidade, utilizando turbinas instaladas em áreas com alta incidência de ventos.
Biomassa
A biomassa contribui com 8,4% da matriz energética. Essa fonte de energia é obtida a partir de materiais orgânicos, como resíduos agrícolas, florestais e industriais.
A biomassa é utilizada principalmente em usinas termelétricas, onde é queimada para gerar calor e, consequentemente, eletricidade.
Funcionamento da matriz energética
A matriz energética brasileira funciona através de um sistema integrado que permite a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica em todo o território nacional. As diferentes fontes de energia são interconectadas em um grande sistema de transmissão.
A geração de energia no Brasil é diversificada. As usinas hidrelétricas, que são a principal fonte, utilizam a força da água para mover turbinas que geram eletricidade. As usinas eólicas capturam a energia do vento, enquanto as usinas de biomassa queimam materiais orgânicos.
As termelétricas a gás natural, petróleo e carvão, e as usinas nucleares, contribuem com energia durante períodos de baixa produção das fontes renováveis.
A energia gerada é transmitida por meio de linhas de alta tensão para subestações, onde é transformada para tensões mais baixas e distribuída aos consumidores.
O sistema de transmissão e distribuição é gerenciado para garantir a continuidade do fornecimento de energia, mesmo em casos de falhas ou interrupções em uma das fontes de geração.
A principal fonte de energia utilizada no Brasil é a energia hidrelétrica. Esta fonte responde por 55% da matriz energética do país, graças à abundância de recursos hídricos e à capacidade de geração das usinas instaladas.
Vantagens da energia hidrelétrica
A energia hidrelétrica apresenta várias vantagens, incluindo a baixa emissão de gases de efeito estufa, custo operacional reduzido e a capacidade de fornecer grandes quantidades de energia de forma estável.
Além disso, as usinas hidrelétricas têm uma vida útil longa e são fundamentais para a segurança energética do Brasil.
Desafios da dependência hídrica
Apesar de suas vantagens, a dependência de energia hidrelétrica também apresenta desafios. A variabilidade das chuvas e os períodos de seca podem afetar a capacidade de geração das usinas, o que exige a complementação com outras fontes de energia, como as termelétricas e as fontes renováveis alternativas.
O Brasil continua a expandir sua matriz energética, com uma ênfase crescente em fontes renováveis. Em 2024, o país atingiu a marca de 200 GW de potência instalada, um aumento significativo impulsionado pela expansão das energias eólica e solar.
Micro e minigeração distribuída
Além da geração centralizada, o Brasil tem investido na micro e minigeração distribuída (MMGD). Essa modalidade permite que consumidores gerem sua própria energia a partir de fontes renováveis, como a solar fotovoltaica, e utilizem os excedentes para compensar o consumo de energia da rede.
Atualmente, a MMGD no Brasil acumula mais de 27,7 GW de capacidade instalada, com mais de 2,4 milhões de sistemas conectados à rede de distribuição.
As perspectivas para o futuro da matriz energética brasileira são promissoras. Com a previsão de crescimento de 10,1 GW na geração de energia elétrica para 2024, o país continua a investir em tecnologias limpas e renováveis.
Políticas públicas bem-sucedidas e um rigoroso trabalho de regulamentação e fiscalização pela ANEEL têm sido fundamentais para essa expansão. A tendência é que o Brasil continue a liderar a transição energética global, reduzindo ainda mais suas emissões de carbono e aumentando a participação de fontes renováveis em sua matriz energética.
A matriz energética brasileira é uma das mais diversificadas e renováveis do mundo, com uma predominância significativa de fontes limpas. A energia hidrelétrica, eólica e biomassa são as principais fontes renováveis, enquanto o gás natural, petróleo e carvão mineral representam as fontes não renováveis.
O funcionamento integrado da geração, transmissão e distribuição de energia garante a estabilidade do fornecimento elétrico no país. Com contínuos investimentos em expansão e diversificação, o Brasil se mantém na vanguarda da transição energética global, promovendo o desenvolvimento sustentável e a segurança energética para o futuro.
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Energia solar no Brasil se aproxima de 20% da matriz e briga com eólica
A energia solar no Brasil tem crescido rapidamente e agora representa quase 20% da matriz energética do país, segundo dados recentes. A crise das eólicas, abordada na segunda reportagem de uma série, destaca como a energia solar, que deveria ser uma solução, se tornou um problema.
Desde a crise do apagão nos anos 2000, o Brasil buscou diversificar sua matriz energética, promovendo fontes limpas como eólica, solar e biomassa.
A geração solar distribuída ganhou força nos anos 2010, especialmente após a sanção do marco legal da microgeração e minigeração distribuída em 2022. Em maio de 2024, a energia solar ultrapassou 43 GW de potência instalada, representando 18,2% da matriz energética nacional. Investimentos no setor somam R$ 202 bilhões, gerando 1,3 milhão de empregos e reduzindo 52 milhões de toneladas de CO2.
Apesar dos benefícios, a rápida expansão da energia solar criou uma competição com a geração eólica, levando à demissão de trabalhadores nas indústrias de aerogeradores.
A importação de painéis solares chineses a preços baixos exacerbou a crise. A Espanha serve de exemplo dos riscos de uma expansão desenfreada, destacando a necessidade de políticas públicas para equilibrar oferta e demanda de energia.
Brasil registra recorde na produção de energia renovável em 2023, diz estudo
Em 2023, o Brasil atingiu um marco histórico na produção de energia renovável, com 93,1% de toda a eletricidade gerada no país proveniente de fontes limpas, como hidrelétricas, parques eólicos, fazendas solares e usinas de biomassa.
Este recorde consolida o Brasil como líder mundial em energia limpa, conforme destacado em um estudo da Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgado pela CNN.
O estudo revelou que as hidrelétricas representam cerca de 58% da capacidade instalada da matriz energética brasileira, gerando quase 50 mil megawatts. As fontes solar e eólica, juntas, contribuíram com mais de 13 mil megawatts, um aumento de 24% em relação ao ano anterior.
A Geração Distribuída, que permite aos consumidores produzirem sua própria energia, também registrou um crescimento significativo de 42,5%.
Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE, destacou que o crescimento das fontes renováveis não apenas gera emprego e renda, mas também avança na meta de descarbonização do Brasil, beneficiando o meio ambiente. O estudo reforça o papel das fontes renováveis na matriz energética do país, apontando para um futuro sustentável e mais equilibrado.
Participação de renováveis aumenta na matriz energética e elétrica do Brasil
Em 2023, a participação de fontes renováveis na matriz energética e elétrica do Brasil cresceu significativamente, segundo o Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional 2024, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O estudo mostrou a manutenção da oferta de energia hidráulica, um aumento na geração eólica e solar fotovoltaica e uma redução no uso de termelétricas a combustíveis fósseis.
A oferta interna de energia no Brasil aumentou 3,6% em 2023, com a matriz energética atingindo 49,1% de fontes renováveis. No setor elétrico, a participação de fontes renováveis subiu de 87,9% para 89,2%. A geração solar fotovoltaica cresceu 68,1%, alcançando 50,6 TWh, enquanto a geração eólica cresceu 17,4%, atingindo 95,8 TWh.
O relatório também destacou que as emissões de dióxido de carbono associadas à matriz energética brasileira atingiram 428 milhões de toneladas, com o setor de transportes sendo o maior emissor. O consumo de eletricidade cresceu 5,2%, impulsionado principalmente pelos setores residencial, comercial e industrial.
Matriz elétrica brasileira se torna mais suja por causa do gás fóssil
A participação de fontes eólicas e solares na matriz elétrica brasileira cresceu significativamente nas últimas duas décadas, atingindo quase 20% da capacidade elétrica do país.
No entanto, um estudo da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) revela que a expansão das termelétricas a gás fóssil aumentou a “sujeira” da matriz elétrica nacional. A participação de fontes renováveis caiu de 97% em 1995 para 89% em 2022 devido ao crescimento das termelétricas a gás.
A queda das fontes renováveis ocorreu apesar do avanço da energia solar, biomassa e eólica. A geração hidráulica, que representava 94,2% em 1995, caiu para 64% em 2022.
As termelétricas a gás, embora gerem eletricidade de forma contínua, têm um custo muito maior e são influenciadas pela volatilidade dos preços internacionais dos combustíveis fósseis, o que encarece a conta de luz do consumidor.
A influência do lobby pró-energia suja e o apoio político podem continuar a tendência de aumentar as emissões do setor elétrico brasileiro. A eletrificação do transporte público é uma das estratégias para reduzir emissões, mas enfrenta desafios como o alto custo dos veículos e a infraestrutura necessária.
O Novo PAC Seleções, lançado em setembro, prevê R$ 10,6 bilhões para financiar a renovação das frotas de trens e ônibus, especialmente elétricos, visando acelerar essa transição.
Cai a participação de óleo e gás na matriz energética brasileira
O Balanço Energético Nacional (BEN) 2024, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia (MME), revela mudanças significativas na matriz energética do Brasil nos últimos 10 anos.
A participação de petróleo e derivados caiu de 39,2% para 35,1%, e a do gás natural, de 13,5% para 9,6%. Essa redução demonstra os avanços do país na diversificação e sustentabilidade energética.
Em 2023, a oferta interna de energia aumentou 3,6% em relação ao ano anterior. A matriz energética brasileira, com 49,1% de fontes renováveis, superou a média global e dos países da OCDE. Na matriz elétrica, a participação de renováveis alcançou 87,9%.
A geração solar fotovoltaica cresceu 68,1%, atingindo 50,6 TWh, e a capacidade instalada aumentou 54,8%, totalizando 37.843 MW. A geração eólica também cresceu, atingindo 95,8 TWh, um aumento de 17,4%, com uma capacidade instalada de 28.682 MW.
O BEN 2024 destaca a manutenção da oferta de energia hidráulica e a redução do uso de termelétricas a combustíveis fósseis, reforçando a tendência de maior sustentabilidade e diversificação da matriz energética brasileira.
Com 88% da matriz elétrica limpa, Brasil já é líder da transição energética no mundo
O Brasil se destaca na transição energética global, alcançando 88% de sua matriz elétrica com fontes limpas.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou em entrevista ao programa “A Voz do Brasil” que, em 2023, o país registrou a menor taxa de emissão de CO2 por megawatt/hora de energia elétrica em 11 anos, graças à inclusão de fontes renováveis como hidrelétricas, usinas eólicas e solares no Sistema Interligado Nacional (SIN). Cerca de 70% da produção no SIN provém de energia hidrelétrica e 15% de energia eólica.
Em 2023, o Brasil atingiu a marca de 10,3 gigawatts (GW) de capacidade na matriz elétrica, superando o recorde anterior de 9,5 GW de 2016. As políticas públicas implementadas pelo governo, incluindo R$ 60 bilhões em linhas de transmissão, foram cruciais para esses resultados.
Silveira enfatizou que a energia limpa não só combate a poluição e protege contra as mudanças climáticas, mas também atende à crescente demanda por eletricidade, promovendo inclusão social e oportunidades econômicas. O Brasil pretende mostrar esses avanços em eventos internacionais, como o G20 e a COP.
Geração termelétrica reduziu quase 2% na matriz elétrica brasileira
A geração termelétrica na matriz elétrica brasileira reduziu quase 2% em 2023, com destaque para a diminuição do uso de gás natural (-7,9%) e derivados de petróleo (-14,4%). A participação das termelétricas na matriz elétrica foi de 19,2%, com a biomassa representando 42,6% dessa geração.
O Balanço Energético Nacional (BEN 2024), divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia (MME), também destacou o aumento de quase 20% no consumo de biodiesel, devido à elevação do percentual de mistura ao diesel mineral para 12% (B12).
O ministro Alexandre Silveira ressaltou as políticas públicas como “Combustível do Futuro” e “Energias da Amazônia” como fundamentais para reduzir a dependência do diesel e promover energia renovável.
A bioeletricidade, composta majoritariamente por bagaço de cana e licor preto, manteve 8,2% de participação na geração de eletricidade total. A maioria da geração em sistemas isolados, principalmente no Norte e em Mato Grosso, ainda é térmica, mas representa apenas 0,6% da geração total. O relatório BEN 2024 oferece uma análise detalhada da oferta e consumo de energia no Brasil.
Primeiro trimestre de 2024 tem expansão de 2,6 GW na matriz elétrica
Nos primeiros três meses de 2024, o Brasil expandiu sua matriz elétrica em 2,6 gigawatts (GW), resultado da entrada em operação de 105 novas usinas. Somente em março, 41 usinas iniciaram suas operações, adicionando 906 megawatts (MW) à capacidade instalada do país.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), esse crescimento está alinhado com a previsão de um aumento de 10,1 GW na geração de energia elétrica para 2024, o segundo maior avanço anual desde 1997.
A expansão de março incluiu 13 centrais solares fotovoltaicas (544,22 MW) e 25 eólicas (316,30 MW), além de uma usina termelétrica (26 MW) e duas pequenas centrais hidrelétricas (19,75 MW). Nove estados receberam novos empreendimentos, com destaque para Rio Grande do Norte (1.171,33 MW), Minas Gerais (472,80 MW) e Bahia (439,90 MW).
Em março, o Brasil ultrapassou a marca de 200 GW de potência instalada, atingindo 201,1 GW em abril, com 84,41% provenientes de fontes renováveis. A ANEEL também atualizou seu Portal de Relatórios Abertos, melhorando o acesso a informações sobre a expansão da geração de energia elétrica, incluindo dados de novas usinas e inspeções de obras.
Brasil inicia 2024 com incremento de 621 MW no Sistema Interligado Nacional
A matriz elétrica brasileira teve uma expansão de 621,56 megawatts (MW) em janeiro de 2024, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A previsão é que o crescimento chegue a 10,1 gigawatts (GW) até o final do ano, marcando a segunda maior expansão da série histórica. Em 2023, o recorde foi de 10,3 GW de potência instalada no Sistema Interligado Nacional (SIN).
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o Brasil continua a expandir sua oferta de energia limpa e renovável, promovendo empregos e renda. Em janeiro, 26 empreendimentos começaram suas operações, incluindo 18 usinas eólicas (422,2 MW), seis centrais fotovoltaicas (198,12 MW) e duas pequenas centrais hidrelétricas (1,24 MW).
O Rio Grande do Norte liderou a expansão com 368,1 MW, seguido por Ceará (150 MW), Piauí (48,12 MW), Bahia (36,7 MW), Paraíba (17,4 MW) e Rio Grande do Sul (1,24 MW). Se a previsão da ANEEL se confirmar, 2024 será o segundo melhor ano em expansão de capacidade instalada, com as fontes eólica e solar representando 87,2% do crescimento registrado em 2023.
Brasil é o terceiro maior gerador de energia elétrica renovável no mundo
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), o Brasil se destacou em 2023 como o terceiro maior gerador de energia elétrica renovável do mundo. O país produziu 568,4 GWh de energia renovável, representando 8% da produção global. As hidrelétricas foram responsáveis por 67,4% da geração total de energia elétrica no Brasil, seguidas pelas eólicas com 14,5% e solares com 6,7%.
A diversificação da matriz elétrica brasileira, que antes era dominada por hidrelétricas, permitiu a inclusão significativa de outras fontes renováveis como eólica e solar.
No ranking global de participação proporcional de energia elétrica renovável, o Brasil ocupa a sexta posição, com 90% de sua matriz elétrica proveniente de fontes renováveis, destacando-se entre os líderes mundiais na transição energética.
Apesar do crescimento das energias renováveis, a China e os EUA continuam sendo os maiores geradores globais de energia elétrica renovável, com uma participação conjunta de 50,4% do total. No entanto, a dependência dessas nações de fontes não renováveis, como carvão e gás natural, ainda é significativa.
Carvão mineral compõe apenas 3% da matriz elétrica brasileira
De acordo com o professor Fernando de Lima Caneppele, da USP, o carvão mineral, embora eficiente e de baixo custo, é a fonte de energia mais poluente. No Brasil, ele representa cerca de 5% da matriz energética e 3% da matriz elétrica. Em 2021, houve uma redução de 50% na geração de energia térmica a partir de carvão mineral e gás natural, sinalizando um movimento em direção a fontes mais limpas.
Apesar disso, o governo federal anunciou em 2021 um programa para modernizar e expandir o uso do carvão mineral nacional de forma sustentável. O carvão mineral, produzido pela carbonização de restos vegetais, é uma fonte de energia abundante e capaz de gerar eletricidade em qualquer época do ano.
No entanto, além de sua alta capacidade de poluição, o carvão é altamente inflamável, tornando-se uma fonte de energia perigosa. O Brasil possui 99,97% de suas reservas de carvão na região Sul do país.
E então, mais alguma dúvida sobre a matriz energética do Brasil? Confira, inclusive, nosso conteúdo sobre engenheiro de energia.