A tomada de decisão baseada em dados refere-se ao processo de tomar decisões estratégicas com base na análise e interpretação de dados e informações reais. Em vez de confiar apenas na intuição ou observação, as decisões são sustentadas por evidências concretas coletadas e analisadas.
A importância desse método radica em sua objetividade e precisão. Decisões baseadas por dados tendem a ser mais precisas, pois são baseadas em realidades mensuráveis.
Segundo a Forbes, empresas orientadas por dados têm 23 vezes mais chances de adquirir clientes, 6 vezes mais probabilidade de reter esses clientes e 19 vezes mais possibilidade de serem lucrativas.
Usar dados como guia também permite às empresas identificar tendências emergentes, prever futuros desafios e oportunidades, e otimizar processos e estratégias.
Além disso, quando a tomada de decisão é transparente e baseada em dados, é mais fácil para as partes interessadas – sejam elas membros da equipe, investidores ou clientes – confiarem nas decisões e direções tomadas.
Portanto, a tomada de decisão baseada em dados não é apenas uma tendência moderna, mas um pilar fundamental para empresas que buscam excelência, inovação contínua e vantagem competitiva em um mercado cada vez mais complexo e dinâmico. E é sobre isso que a Kartado falará hoje! Vem com a gente!
Conteúdo:
ToggleO que é tomada de decisão?
A tomada de decisão é o processo pelo qual as escolhas são feitas entre alternativas com base em informações e critérios definidos. Trata-se de uma etapa fundamental que determina a direção a ser seguida em qualquer situação, seja para resolver um problema, aproveitar uma oportunidade ou mitigar riscos.
No contexto corporativo, a tomada de decisão assume uma relevância ainda maior, pois as decisões tomadas têm o potencial de impactar não apenas os resultados e operações da empresa, mas também seus funcionários, clientes, acionistas e, em alguns casos, o mercado como um todo.
Uma decisão bem tomada leva a inovações, aumento de lucratividade e crescimento sustentável. Por outro lado, uma escolha mal fundamentada resulta em perdas financeiras, desmotivação da equipe e danos à reputação da empresa.
A responsabilidade pela tomada de decisões varia conforme a estrutura e cultura da organização. Em muitas empresas, as decisões estratégicas de alto nível são tomadas pela alta gerência ou pelo conselho de administração.
No entanto, a tomada de decisão ocorre em todos os níveis. Gestores e líderes de equipe, por exemplo, tomam decisões operacionais diariamente que afetam a rotina de trabalho. E, cada vez mais, organizações estão valorizando a tomada de decisão colaborativa, envolvendo equipes multifuncionais e até mesmo consultando feedbacks de clientes e stakeholders.
Assim, a capacidade de tomar decisões bem fundamentadas, considerando dados concretos e o impacto humano, é uma habilidade vital no mundo corporativo, influenciando diretamente o sucesso e a resiliência de uma empresa.
O que significa tomada de decisão baseada em dados?
A tomada de decisão baseada em dados refere-se ao processo de formular escolhas estratégicas com base na análise e interpretação de informações factuais, em vez de confiar unicamente na intuição ou observação anedótica.
Com o advento da tecnologia e o aumento da disponibilidade de dados, as empresas agora têm acesso a volumes imensos de informações usados para guiar suas decisões.
Quais são os tipos de tomada de decisão?
Existem diversos tipos de tomada de decisão, que variam de acordo com a natureza do problema, o ambiente de decisão e a abordagem utilizada:
- Decisão programada: Relaciona-se com situações frequentes e rotineiras, para as quais já existem procedimentos estabelecidos.
- Decisão não programada: Voltada para situações inéditas ou atípicas que exigem soluções criativas.
- Decisão individual: Tomada por uma única pessoa, baseada em sua expertise e julgamento.
- Decisão grupal: Decisão resultante da deliberação de um grupo ou equipe, considerando múltiplas perspectivas.
- Decisão estratégica: Envolve escolhas que afetam a direção geral e os objetivos de longo prazo de uma organização.
- Decisão tática: Centra-se em ações e planos de médio prazo que suportam a estratégia maior.
- Decisão operacional: Refere-se a decisões de curto prazo relacionadas ao funcionamento cotidiano da organização.
Quais são os tipos de modelos de tomada de decisão?
Os modelos de tomada de decisão são abordagens ou frameworks que orientam o processo decisório. Deste modo, podemos dizer que os modelos mais comuns incluem:
- Modelo racional: Baseia-se na ideia de que os tomadores de decisão têm acesso a todas as informações necessárias e podem avaliar cada opção para escolher a melhor.
- Modelo comportamental: Reconhece as limitações humanas em processar informações, sugerindo que as pessoas frequentemente buscam soluções “suficientemente boas” em vez da melhor opção.
- Modelo intuitivo: Enfatiza a intuição, experiência e julgamento subjetivo na tomada de decisão.
- Modelo de processo gradual: Sugere que a decisão é o resultado de uma série de etapas menores ao longo do tempo.
Como se baseia a tomada de decisão?
A base da tomada de decisão envolve um equilíbrio entre a análise de informações objetivas e a intuição ou julgamento subjetivo. Em um ambiente ideal, um tomador de decisão começa identificando claramente o problema ou a necessidade.
Logo, isso é seguido pela coleta e análise de dados relevantes ao problema. Ferramentas e técnicas, como a análise SWOT, avaliação de riscos, ou simulações, podem ser empregadas para avaliar as opções disponíveis na etapa de tomada de decisão.
Uma vez que as alternativas são identificadas e avaliadas, a decisão é tomada e, em seguida, implementada. O processo não termina aí; deve-se revisar e avaliar a eficácia da decisão tomada, fazendo ajustes conforme necessário.
Durante todo esse processo, enquanto os dados e as análises objetivas desempenham um papel fundamental, a experiência, os valores, a cultura organizacional e a intuição também influenciam significativamente a direção da decisão.
Por que fazer a tomada de decisão baseada em dados? [benefícios]
Você sabe qual a relação de tendências e decisões? Qual a necessidade de gerar soluções rápidas? Falaremos, abaixo, um pouco mais sobre tomada de decisão com base em dados.
Em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia e informações, a capacidade de tomar decisões informadas tornou-se uma vantagem competitiva entre as instituições.
Ou seja, a tomada de decisão baseada em dados, nesse contexto, não é apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica. Ao analisar informações factuais, as empresas realizam escolhas mais acertadas e alinhadas ao cenário atual e futuro.
1. Maior precisão na análise
Os dados, quando coletados e processados corretamente, proporcionam uma visão clara e objetiva da realidade. Diferentemente das suposições ou palpites, as decisões baseadas em dados são respaldadas por evidências concretas.
Por exemplo, uma empresa que utiliza dados de vendas passadas para prever demandas futuras gerencia melhor seu estoque, evitando excessos ou faltas. Resultando, assim, em redução de custos e otimização de recursos.
2. Redução do viés pessoal
Todos nós temos vieses – preconceitos e inclinações que influenciam nossa percepção e julgamento. Na tomada de decisão, esses vieses ocasionam em erros e ineficiências.
Quando as decisões são baseadas em dados, minimiza-se a influência desses vieses. Por exemplo, ao recrutar candidatos para uma vaga, o uso de análises de dados sobre o desempenho passado auxilia a selecionar candidatos de maneira mais objetiva, reduzindo o impacto de preconceitos inconscientes.
3. Aumento da confiabilidade das decisões
Decisões informadas por dados tendem a ser mais consistentes e replicáveis. Em um estudo da MIT Sloan Management Review, empresas orientadas por dados tinham 4% mais produtividade e 6% mais lucratividade do que suas concorrentes.
Ao usar dados como base, a empresa cria um padrão de decisão, que pode ser seguido e aperfeiçoado ao longo do tempo.
4. Melhor fundamentação para escolhas complexas
Em um ambiente empresarial repleto de incertezas e complexidades, ter uma fonte confiável de informação é super importante. Os dados oferecem essa base sólida, permitindo que gestores façam escolhas informadas, mesmo em cenários complicados.
Por exemplo, ao entrar em um novo mercado, uma análise detalhada de dados do público-alvo, concorrentes e tendências de mercado pode guiar a estratégia de penetração, aumentando as chances de sucesso.
5. Identificação de tendências e padrões
Os dados não apenas elucidam o presente, mas também indicam tendências futuras. Ferramentas analíticas avançadas, como a inteligência artificial, permitem que empresas identifiquem padrões e tendências emergentes em grandes conjuntos de dados.
O Power BI é um exemplo de ferramenta que pode ser utilizada. Por meio dele, é possível criar diversos gráficos e mapeamentos de dados, principalmente no setor de engenharia! Justamente por isso, a Kartado disponibiliza diversos workshops e conteúdos relacionados:
Por exemplo, um e-commerce que analisa o comportamento de compra de seus clientes pode antecipar demandas sazonais ou identificar novos nichos de mercado.
Conforme vimos até o devido momento, é possível notar que a tomada de decisão baseada em dados é mais do que apenas uma prática recomendada; é um imperativo para empresas que desejam se manter competitivas e resilientes em um mercado em constante evolução. As vantagens são claras: decisões mais precisas, objetivas, confiáveis e alinhadas com a realidade e as demandas do mercado.
6. Melhor alocação de recursos
Em qualquer empresa, a gestão de recursos – sejam eles financeiros, humanos ou materiais – é super relevante. Decisões sobre onde e como alocar esses recursos podem fazer a diferença entre o crescimento e a estagnação.
Utilizando análises baseadas em dados, empresas identificam áreas de alta performance que justificam mais investimentos, bem como áreas sub-otimizadas que necessitam de realinhamento ou reestruturação.
Por exemplo, um estudo do Boston Consulting Group mostrou que as empresas que utilizam métodos quantitativos para tomar decisões sobre investimentos têm 33% mais retorno sobre os mesmos.
7. Aumento da eficiência operacional
A operação de qualquer negócio é um componente fundamental para a sua viabilidade e sucesso a longo prazo. Usar dados para guiar processos operacionais auxiliará a eliminar gargalos, otimizar fluxos de trabalho e reduzir desperdícios.
Inclusive, de acordo com a McKinsey, empresas que empregam análises avançadas em suas operações melhoram sua margem de lucro em até 60%.
8. Identificação de oportunidades não evidentes
Uma das maiores vantagens da análise de dados é sua capacidade de revelar insights que não são imediatamente óbvios. Traduzindo-se, assim, em novos mercados a serem explorados, segmentos de clientes anteriormente ignorados ou até mesmo novos produtos e serviços.
A Netflix, por exemplo, usa análise de dados extensivamente para identificar nichos de audiência e criar conteúdo que atende a essas demandas específicas, contribuindo significativamente para seu crescimento global.
9. Monitoramento contínuo do desempenho
O mundo dos negócios não é estático. Assim, as decisões de uma empresa devem ser flexíveis e adaptáveis sempre que possível. A tomada de decisão baseada em dados permite um monitoramento em tempo real do desempenho da empresa.
Ou seja, significa que as empresas podem fazer ajustes rápidos em resposta a qualquer variação, seja ela uma mudança no comportamento do consumidor, uma disrupção de mercado ou qualquer outro desafio inesperado.
Segundo a Harvard Business Review, as empresas que adotam uma abordagem orientada por dados são mais de duas vezes mais propensas a ter um desempenho financeiro acima da média.
10. Tomada de decisão mais rápida
No mundo dos negócios, a rapidez faz toda a diferença em muitos processos. Com dados ao alcance, as empresas podem tomar decisões mais informadas em um ritmo acelerado.
Um ponto a se considerar em situações críticas onde a demora pode significar a perda de oportunidades valiosas ou a exposição a riscos desnecessários. Uma pesquisa da PwC revelou que empresas orientadas a dados são três vezes mais propensas a relatar melhorias significativas na tomada de decisões.
11. Melhoria na comunicação interna
Dados objetivos servem como uma linguagem universal em uma organização. Quando as equipes baseiam suas discussões e estratégias em dados concretos, as ambiguidades são minimizadas.
Facilita-se, assim, a colaboração, o alinhamento de objetivos e a clareza nas diretrizes. Com informações concretas à disposição, os departamentos comunicam-se com maior precisão, reduzindo mal-entendidos e fortalecendo a coesão interna.
12. Redução de erros e retrabalho
Erros no ambiente corporativo, além de custosos, prejudicam a reputação da empresa e a moral da equipe. A tomada de decisão orientada por dados ajuda a mitigar esses riscos, fornecendo uma base sólida para as escolhas.
Quando as decisões são respaldadas por análises robustas, a margem de erro é significativamente reduzida. Aliás, uma pesquisa da Gartner indicou que empresas que promovem a cultura data-driven têm até 70% menos chances de enfrentar problemas operacionais decorrentes de decisões mal fundamentadas.
13. Melhor adaptabilidade às mudanças do mercado
Os mercados modernos são caracterizados por sua volatilidade e imprevisibilidade. Para sobreviver e prosperar, as empresas precisam ser ágeis e adaptáveis. A resiliência deve estar no dia a dia.
Os dados possibilitam que as organizações identifiquem rapidamente tendências emergentes, ameaças e oportunidades. Ao fazer isso, elas podem pivotar suas estratégias de forma proativa, mantendo-se alinhadas com as dinâmicas de mercado em constante evolução.
Segundo a Forrester Research, empresas que se adaptam rapidamente com base em insights orientados por dados têm 45% mais chances de aumentar sua participação de mercado.
A tomada de decisão baseada em dados não é apenas uma abordagem moderna para a gestão empresarial; é uma necessidade estratégica para empresas que desejam operar com eficácia em um mundo impulsionado pela informação.
Quais os níveis da tomada de decisão?
A tomada de decisão, no ambiente corporativo, ocorre em diversos níveis, cada um com suas peculiaridades e impactos. Esses níveis refletem a hierarquia organizacional e a abrangência das decisões tomadas.
- Decisão estratégica: Situada no topo da hierarquia, essa decisão é tipicamente tomada pela alta gerência ou direção. Ela determina o curso geral da empresa e estabelece sua direção a longo prazo. Questões como expansão de mercado, fusões e aquisições ou lançamentos de novos produtos se enquadram aqui.
- Decisão tática: Um nível abaixo da estratégica, essa decisão é normalmente tomada por gerentes de nível médio. Concentra-se em como os objetivos estratégicos serão alcançados. Abrange planos de médio prazo, alocação de recursos e coordenação entre diferentes departamentos.
- Decisão operacional: Esta é a tomada de decisão do dia a dia, focada em questões rotineiras e de curto prazo. É geralmente delegada a supervisores ou gerentes de linha e diz respeito à implementação de tarefas e operações específicas.
O entendimento claro desses níveis permite que as empresas garantam que suas decisões estejam alinhadas, desde as operações cotidianas até a visão de longo prazo, otimizando o funcionamento e a realização de seus objetivos.
Chegamos ao fim! E, claro, antes de ir embora, confira nosso guia com exemplos de tomada de decisão.